Parabéns querida!
junho 18, 2010
Por Carol
No dia 17 de junho de 1998 eu não fui à escola. Acordei tarde e comi bolacha recheada no café da manhã. Não joguei o lixo fora, entre todos os afazeres do dia escolhi enrolar brigadeiros (encher bexigas dava muito trabalho). Troquei de roupa cinco vezes antes da festa e chorei porque nada ficava bom. Ok, disseram, é aniversário dela, vamos comprar um vestidinho.
No mesmo dia em 2005 eu também não fui à escola, só que dessa vez, minha mãe não havia permitido tal folga, nenhum problema, pensei, tenho quinze anos, eu posso tudo. No rodízio enquanto eu bebia rebeldes batidinhas contendo mais leite condensado do que álcool secava as lágrimas que rolaram frenéticas durante a tarde: meu pai havia esquecido meu dia de debutante.
Ontem eu acordei cansada. Não queria trabalhar e pensava ser muito injusto meu aniversário numa quinta feira. Não pude faltar da faculdade, tive prova. Quando a segunda década se aproxima, o mundo parece que enjoa de ficar te mimando neste dia, nada é novidade, a cerveja é liberada e você falta de qualquer lugar quando quiser. O mundo espera dureza, sabedoria e paciência. Eles esperam que com duas décadas completas você não queira presentes nem bexigas (já que elas dão muito trabalho para encher).
junho 18, 2010 at 4:29 pm
Relato de uma infância, pré-adolescência e maturidade em três parágrafos… muito bom!
junho 18, 2010 at 7:39 pm
Ainda gosto de bexigas.
Meu aniversário caiu numa segunda e pensar que ano que vem será numa terça não é exatamente um estímulo para chegar aos 21.
ótimo texto 🙂
junho 22, 2010 at 1:48 am
e perguntaria algum jornalista mala: e eu com isso?
junho 28, 2010 at 12:39 am
2005???acho que lembro desta data!!!
saudades “No rodízio enquanto eu bebia rebeldes batidinhas” com quem??